O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, tem sido alvo de críticas por suas frequentes entrevistas sobre investigações em andamento e sob sigilo durante o governo do presidente Lula (PT). Em algumas ocasiões, ele tem antecipado avaliações jurídicas e estratégias da investigação, o que tem gerado controvérsias. Andrei foi chefe de segurança da campanha de Lula e foi escolhido pessoalmente por ele para comandar a PF.
Ele tem abordado casos como a Abin paralela, a morte da vereadora Marielle Franco, a venda de joias pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e ameaças ao ministro Alexandre de Moraes do STF. Essas declarações têm sido alvo de críticas por parte da corporação e de autoridades, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Enquanto alguns defendem Andrei, argumentando que ele não interfere no trabalho dos investigadores e auxilia a polícia a combater narrativas desfavoráveis, outros, como advogados e professores de direito penal, questionam sua conduta, argumentando que suas declarações podem prejudicar as investigações e os investigados. Especialistas destacam a importância do sigilo das investigações e da presunção de inocência dos envolvidos.
A Polícia Federal, em resposta por meio de nota, afirmou que as informações divulgadas por Andrei são de conhecimento público ou selecionadas de maneira responsável, visando ao interesse público e ao direito à informação, sem comprometer o sigilo essencial para o sucesso das investigações.