Na última quinta-feira, 28, a 2ª Vara Criminal da Comarca de Franca emitiu uma decisão condenando os réus envolvidos na Operação “Maré Alta”, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no final do ano passado. Eles foram considerados culpados por participar de uma organização criminosa que praticava agiotagem, cobrando juros abusivos de até 30% e cometendo extorsão violenta contra as vítimas.
Durante as investigações, o Ministério Público descobriu que o grupo utilizava empresas fictícias e contas bancárias em nome de familiares para lavar o dinheiro obtido de atividades ilegais.
O líder da organização, Bruno Aparecido de Almeida Costa, movimentava cerca de R$ 650 mil mensais somente em juros, a maioria proveniente de empresários que financiavam o esquema em troca de altos retornos mensais de 8 a 10%. As cobranças eram feitas por meio de ameaças, incluindo referências a conexões com outras facções criminosas para intimidar as vítimas.
Os condenados desempenharam diferentes funções e papéis no esquema criminoso, como descrito a seguir:
– Líder: Bruno Aparecido de Almeida Costa
– Integrante: Marcela de Pádua Lima
– Executores: Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva, Douglas de Carvalho Rosa e Wesley Henrique Paulista da Silva
– Financiadores: André de Oliveira Venâncio, André Augusto Ferreira Ribeiro, Rodolfo Lomônaco Arantes e Gustavo Migueletti
As sentenças aplicadas aos réus variaram de acordo com o nível de envolvimento no esquema, com todas as penas sendo em regime fechado. Bruno Aparecido de Almeida Costa recebeu uma condenação de 10 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão, além de outras sanções, enquanto os demais réus foram sentenciados de acordo com suas participações no crime.