A China registrou um crescimento econômico inferior ao esperado no segundo trimestre, com dados oficiais indicando uma expansão de 4,7% entre abril e junho. Este resultado ficou aquém das expectativas e representou uma desaceleração em comparação com o trimestre anterior. O setor de consumo foi um dos mais impactados, com o crescimento das vendas no varejo atingindo o menor nível em 18 meses.
A crise imobiliária em curso há anos se aprofundou, minando a confiança do consumidor e limitando a capacidade dos governos locais de obter novos recursos. Analistas apontam que o governo chinês provavelmente terá que implementar mais medidas de estímulo para atingir a meta de crescimento de 5% estabelecida para 2024.
O Goldman Sachs revisou para baixo sua previsão de crescimento para a China em 2024, passando de 5,0% para 4,9%, enfatizando a necessidade de mais estímulos, especialmente nas áreas fiscal e habitacional. A desaceleração do crescimento no segundo trimestre levantou preocupações sobre a fraca demanda doméstica e a crise no setor imobiliário.
Para enfrentar esses desafios, a China tem buscado impulsionar investimentos em infraestrutura e manufatura de alta tecnologia. Apesar das exportações sólidas, as crescentes tensões comerciais representam uma ameaça adicional. A disparidade entre o crescimento da produção industrial e o consumo interno também contribui para os obstáculos enfrentados.
Diante desse cenário, a economia chinesa enfrenta incertezas crescentes, tanto internas quanto externas, no segundo semestre. Embora a produção industrial tenha superado as expectativas em junho, houve uma desaceleração em relação ao mês anterior, enquanto as vendas no varejo aumentaram menos do que o previsto, sinalizando desafios contínuos para a recuperação econômica do país.