Segundo a mais recente pesquisa Datafolha sobre a corrida pela prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) está enfrentando desafios para conquistar eleitores em certos segmentos da população, como os mais pobres, com ensino fundamental, pardos e evangélicos. Apesar de estar empatado na liderança da pesquisa geral, a entrada de Lula (PT) na campanha é vista como uma estratégia para atrair mais votos e reduzir a rejeição em grupos onde Boulos não tem um desempenho forte.
A pesquisa indicou que o apoio de Lula não garante automaticamente votos para Boulos e, em alguns casos, pode até gerar rejeição. Por exemplo, entre os mais pobres, 44% afirmaram que não votariam em um candidato apoiado pelo ex-presidente. Já entre os evangélicos, 62% expressaram que não votariam em um candidato indicado por Lula.
Apesar desses desafios, a equipe de campanha de Boulos acredita que a entrada de Lula pode impactar eleitores que não estão acompanhando de perto a eleição, especialmente aqueles que tradicionalmente tendem a votar na esquerda. Estratégias como destacar a presença de Marta Suplicy na chapa e enfatizar o apoio de Bolsonaro a outros candidatos estão sendo usadas para conquistar mais eleitores.
A expectativa é que, com a ampliação dos meios de comunicação e a apresentação de propostas direcionadas para os estratos mais baixos da população, Boulos consiga crescer nas pesquisas e garantir sua presença no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo.