O ministro Alexandre de Moraes tem sido alvo de críticas e polêmicas por determinar a suspensão de perfis em redes sociais sem necessariamente envolver pedidos da Polícia Federal ou da Procuradoria-Geral da República. A falta de transparência de suas decisões e o sigilo imposto a inquéritos têm dificultado o acompanhamento das ações e dos motivos por trás das suspensões.
Uma das decisões controversas foi a censura de uma entrevista da Folha de S. Paulo com a ex-mulher do presidente da Câmara, Arthur Lira, que posteriormente foi revogada após críticas. Relatórios do Congresso dos EUA revelaram que algumas suspensões de perfis em redes sociais não passaram pelo crivo da PGR ou PF, levantando dúvidas sobre a quantidade de contas afetadas e as razões por trás disso.
Muitas dessas decisões estiveram ligadas a casos de fake news e milícias digitais, algumas provenientes de relatórios da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, órgão anteriormente chefiado por Moraes. Embora o STF tenha declarado que todas as decisões são fundamentadas, a falta de acesso às informações tem gerado críticas, já que as ordens de suspensão de contas foram repassadas às plataformas sem uma justificativa clara, suscitando questionamentos.
No total, foram emitidas 77 decisões de Moraes para derrubar perfis em redes sociais em 2022, resultando na suspensão de 136 contas no ano seguinte. As críticas públicas feitas por Elon Musk intensificaram o debate sobre a atuação do ministro em relação às plataformas.
Em síntese, as ações de Alexandre de Moraes envolvendo a suspensão de perfis em redes sociais têm sido alvo de críticas devido à escassez de transparência e de acesso às informações que embasam tais decisões. A controvérsia em torno dessas medidas continua a suscitar debates e questionamentos.