ONG relata aumento de detenções arbitrárias na Venezuela após eleições presidenciais
De acordo com informações da ONG Foro Penal, desde o anúncio da vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais na Venezuela, houve um aumento significativo no número de detenções arbitrárias. Diversas pessoas, incluindo um homem surdo-mudo, uma cozinheira, um adolescente e familiares de policiais e funcionários públicos sem envolvimento em manifestações políticas, foram presas de forma indiscriminada.
Estas detenções são vistas como uma estratégia de intimidação para reprimir futuros protestos, totalizando até o momento 672 pessoas detidas, conforme dados da Foro Penal. Após o anúncio da reeleição de Maduro, contestada pela oposição e observadores internacionais, houve manifestações que resultaram em confrontos com as forças de segurança, resultando em 11 mortes.
A entidade americana Carter Center, que observou o pleito, afirmou que o processo eleitoral não foi democrático. O presidente da Foro Penal pede pressão internacional para cessar as detenções arbitrárias, garantir acesso a advogados e respeitar o direito de defesa dos presos. A onda de detenções na Venezuela é a terceira observada pela ONG este ano e inclui desde pessoas ligadas à campanha da oposição até cidadãos não envolvidos em protestos.
Além disso, a ONG destaca que um sistema de denúncias pela internet criado pelo governo venezuelano tem contribuído para mais detenções. A situação tem gerado alertas e pedidos de ação por parte da comunidade internacional, incluindo o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.