A proposta de megarreforma do presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, está em discussão na Câmara dos Deputados do país, com o objetivo de atrair investimentos e impulsionar a economia diante da grave crise econômica. Com altos índices de inflação e grande parte da população vivendo abaixo da linha da pobreza, Milei busca a aprovação de leis que fazem parte desse plano de reforma.
Em meio a um cenário de oposição dividida, o presidente teve que fazer concessões em vários pontos do projeto para obter apoio e garantir a aprovação das leis. As propostas incluem incentivos fiscais para investimentos de grande porte, privatização de empresas públicas, mudanças nas leis trabalhistas, regularização de capitais e ampliação dos poderes presidenciais.
Conhecida como “Lei Bases”, a reforma propõe medidas como privatizações em setores específicos, aumento da tributação para salários mais altos e redução para patrimônios pessoais. As alterações realizadas no Senado geraram controvérsias, com parlamentares da oposição ameaçando contestar na Justiça leis que consideram inconstitucionais.
A população argentina está dividida em relação à reforma, com preocupações sobre os possíveis impactos das medidas propostas. Após negociações e ajustes no projeto original, que contava com mais de 600 artigos, Milei conseguiu obter aceitação para a versão atual, que possui 238 artigos.
A aprovação final da reforma ainda está em discussão e a população aguarda para ver os efeitos dessas mudanças na economia e no dia a dia do país.