O mercado cambial apresenta instabilidade, com o dólar em alta devido a diversos fatores, como rolagens de contratos futuros, atenção às contas públicas e a taxa Ptax do fim de julho. A moeda americana iniciou o dia em baixa, mas ao longo do dia, registrou aumento devido ao apetite por risco no cenário internacional.
Os rendimentos dos Treasuries e a relação do dólar com moedas desenvolvidas tiveram queda, enquanto os investidores aguardam as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Copom. Espera-se que o Fed forneça sinais sobre possíveis cortes de juros em setembro, enquanto para o Copom, a expectativa é de um posicionamento mais cauteloso diante de questões como a depreciação do câmbio e a política fiscal.
Os mercados acionários em Nova York e na Europa apresentaram ganhos, com destaque para a alta do Ibovespa futuro. Na Europa, a inflação ao consumidor na zona do euro superou as expectativas, impulsionando as moedas europeias em relação ao dólar. Além disso, o Banco do Japão elevou a taxa básica para 0,25%.
A alta do preço do petróleo, devido a tensões no Oriente Médio e à queda nos estoques de petróleo bruto nos EUA, também exerceu pressão sobre o dólar. No cenário interno, os investidores estão atentos ao decreto que detalha a contenção de R$ 15 bilhões de despesas, com impactos principalmente nos ministérios da Saúde e das Cidades.
Por volta das 9h47, o dólar à vista estava em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,660. Já o dólar para setembro, contrato mais líquido a partir desta quarta-feira, registrava aumento de 0,89%, a R$ 5,6785.