Nesta terça-feira, o mercado financeiro deu início com o dólar apresentando uma alta, atingindo R$ 6,16 no mercado à vista, devido à escassez de liquidez. Essa situação pode resultar em um leilão extraordinário do Banco Central. Os juros futuros também registraram um aumento significativo.
Diversos fatores estão contribuindo para essa tendência, como a preocupação em relação ao controle das contas públicas, o aumento das remessas de recursos ao exterior por empresas e fundos em dezembro, declarações de Donald Trump sobre tarifas ao Brasil e o aumento das taxas de juros de títulos como Treasuries, Gilts britânicos e Bund alemães.
Mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) no pacote fiscal e a valorização do dólar em relação a outras moedas emergentes e vinculadas a commodities estão contribuindo para a cautela no mercado de juros. O leilão do Tesouro Nacional não deve gerar mais volatilidade, visto que os lotes já foram divulgados previamente.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) teve pouco impacto na precificação dos juros futuros, mantendo um posicionamento mais rígido em relação à política monetária e destacando a importância de ações mais assertivas diante da piora do cenário econômico.
Quanto aos indicadores de inflação, o IGP-M desacelerou em dezembro e o IPC-Fipe registrou uma menor variação na segunda quadrissemana do mês em comparação com a primeira.
No momento, o dólar à vista está em alta de 0,80%, sendo negociado a R$ 6,1484, enquanto o dólar para janeiro apresenta uma queda de 0,09%, cotado a R$ 6,1530.