O dólar teve uma queda significativa no mercado interno de câmbio nesta quarta-feira, 3, devido a indícios do compromisso do presidente Lula com o controle das contas públicas e a possível redução das críticas ao Banco Central. Após três dias de alta, a moeda encerrou o pregão com uma baixa de 1,70%, sendo cotada a R$ 5,5684, registrando a maior queda percentual desde agosto de 2023. O real teve o melhor desempenho entre as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, revertendo a recente tendência de desvalorização.
O mercado reagiu positivamente às ações do governo, como a reunião entre Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir as contas públicas, e o lançamento do Plano Safra 2024/2025, sinalizando uma postura mais alinhada com a responsabilidade fiscal. Investidores estão aguardando novas reuniões entre Lula e sua equipe econômica para a apresentação de medidas de contenção de gastos e estabilização da economia.
Os analistas ressaltam a importância de separar os ruídos políticos das mudanças concretas na política econômica, destacando a solidez dos fundamentos. Apesar dos rumores de intervenção do Banco Central no mercado cambial, a estratégia de não intervenção foi elogiada, indicando uma possível sintonia com a busca pela meta de inflação e estabilidade econômica. Espera-se que ajustes na comunicação do governo e uma maior cooperação entre as equipes econômica e política possam reduzir a volatilidade cambial e impulsionar o crescimento econômico.