Nesta terça-feira, o dólar retomou sua trajetória de alta em relação ao real, se aproximando da marca de 5,60 reais, após ter apresentado queda no dia anterior. A valorização da moeda brasileira foi influenciada pela fuga de ativos em mercados emergentes e pela cautela dos investidores em relação à política fiscal do governo. O dólar fechou o dia sendo negociado a 5,5875 reais na venda, representando um aumento de 0,34%. No cenário global, outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, também sofreram perdas significativas.
As preocupações em torno da economia chinesa, um dos principais consumidores de matérias-primas do mundo, contribuíram para a valorização do dólar. Além disso, o preço do minério de ferro, item de grande importância nas exportações brasileiras, atingiu seu menor valor em três meses. Mesmo com a ultrapassagem dos 5,60 reais, houve um movimento de venda de dólares por parte de exportadores, o que gerou uma correção momentânea na moeda norte-americana.
No cenário interno, os investidores permaneceram cautelosos em relação à situação fiscal do país, especialmente após a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas pelo governo, que reforçou a necessidade de cortes de gastos para cumprir a meta de déficit primário. As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) também apresentaram ganhos consistentes, refletindo a preocupação com a questão fiscal e o cenário internacional.
No âmbito internacional, o índice do dólar registrou alta de 0,14% em relação a uma cesta de seis moedas. O Banco Central realizou um leilão de swap cambial tradicional para renovar contratos com vencimento em setembro de 2024. A expectativa é de que a volatilidade no mercado cambial persista, sendo influenciada por fatores tanto domésticos quanto externos.