Dólar sobe devido a queda de petróleo e minério de ferro, além de incertezas sobre cortes de gastos do governo
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o dólar teve um aumento em consonância com o mercado internacional, influenciado pela forte queda nos preços do petróleo e do minério de ferro, após dados desfavoráveis de inflação ao consumidor na China em outubro. A situação local também contribui para a cautela dos investidores, com as negociações sobre as medidas de corte de gastos do governo Lula ainda em andamento, sem um consenso após três semanas.
O presidente Lula já reconheceu que as medidas em discussão são estruturais, porém existem divergências dentro do PT quanto à abrangência dos cortes, com lideranças defendendo que também devem atingir a parcela mais privilegiada da população. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontra-se em Brasília tentando avançar nas negociações, mas o anúncio final pode demandar mais alguns dias, dependendo das conversas entre Lula, o ministro e os presidentes do Senado e da Câmara.
Além disso, o mercado está atento aos dados do setor público consolidado e à desancoragem das expectativas de inflação no Boletim Focus. O dólar estava cotado a R$ 5,7845 às 9h24, com alta de 0,85% no mercado à vista. Esta semana será mais curta no Brasil, devido ao feriado da Proclamação da República na sexta-feira.
Na agenda econômica, chama a atenção a ata do Copom e dados do varejo para amanhã, o volume de serviços na quarta-feira, o IBC-Br de setembro e o IGP-10 de outubro na quinta-feira. Nos Estados Unidos, destaca-se o CPI americano de outubro na quarta-feira. O presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, mencionou que espera outro corte na taxa de juros em dezembro.
Fonte: Notícias ao Minuto