Dólar reverte ganhos e sobe com preocupações externas e fiscais no Brasil
Nesta sexta-feira (3), o dólar reverteu as perdas e passou a subir, refletindo preocupações dos investidores com o cenário internacional e as contas públicas do Brasil. A moeda norte-americana avançou 0,29%, sendo cotada a R$ 6,180 em uma sessão de baixa liquidez devido ao feriado de Ano Novo. Enquanto isso, a Bolsa brasileira registrou uma forte queda de 1,05%, com destaque para a pressão nos papéis da Vale e da Petrobras.
Com uma agenda econômica esvaziada, os mercados direcionaram suas atenções para o cenário global, principalmente para a China e os Estados Unidos. Na China, preocupações com a economia surgiram devido a desafios como crises imobiliárias e alta dívida do governo, além das tensões comerciais com os EUA, que têm impactado as expectativas.
Por outro lado, a China tem adotado medidas de estímulo fiscal para impulsionar a economia, o que pode ter impactos positivos, mas também gerar preocupações quanto à desvalorização do iuan e seu impacto em moedas emergentes.
Nos EUA, os investidores monitoram as políticas do governo Trump e seus possíveis efeitos na política monetária do Federal Reserve. As políticas inflacionárias propostas, como aumento de tarifas e deportações em massa, podem levar o Fed a manter ou elevar as taxas de juros, fortalecendo o dólar.
No Brasil, as preocupações fiscais persistem, com foco no equilíbrio das contas públicas e na necessidade de mais cortes de gastos. O governo enfrenta pressão por ajustes fiscais e há expectativas por novas medidas nesse sentido.
Em resumo, as preocupações com o cenário internacional, especialmente em relação à China e EUA, e as questões fiscais no Brasil têm influenciado a alta do dólar e a volatilidade nos mercados financeiros.