Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um significativo avanço no segundo trimestre, levando a uma revisão positiva na projeção de crescimento para o ano. A expectativa agora é de um crescimento próximo dos 2,9% alcançados em 2023, em contraste com os 2,5% previstos anteriormente. Esse aumento é impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido e melhores condições de crédito para famílias e empresas em comparação com o ano passado.
No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,4%, superando as expectativas da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava 0,9%, e as previsões da própria secretaria, que estimava 1,1%. Isso resultará em um carrego estatístico positivo de 2,5% para 2024, o que significa que o PIB crescerá 2,5% mesmo se permanecer estável na segunda metade do ano.
A SPE destaca que os setores mais sensíveis à política monetária e de crédito continuarão impulsionando o crescimento econômico, compensando parcialmente as expectativas de queda no setor agropecuário, desaceleração na produção extrativa e menor contribuição do setor externo.
Quanto à taxa básica de juros, o secretário executivo da Fazenda ressaltou a importância de manter a credibilidade fiscal para permitir que o Banco Central tome suas decisões. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC está prestes a se reunir novamente, havendo expectativas no mercado de um possível aumento de 0,25 a 0,5 ponto percentual para a Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano.