Na próxima terça-feira serão divulgados os dados do PIB do segundo trimestre, com expectativa de uma aceleração do crescimento da economia brasileira. As projeções apontam para uma expansão em torno de 1%, superando o crescimento de 0,8% do trimestre anterior, impulsionada principalmente pela demanda interna que cresceu acima da capacidade produtiva, resultando em um aumento nas importações.
As previsões de um resultado mais fraco devido às chuvas no Rio Grande do Sul não se confirmaram, em parte devido às ações de recuperação do estado. Espera-se números positivos para a indústria, construção civil e setor de serviços, impulsionados pelo aumento do consumo e dos investimentos.
Embora haja cautela em relação à desaceleração esperada para o segundo semestre de 2024, a expectativa é fechar o ano com um crescimento próximo de 2,5%. Economistas como Rafaela Vitória, do banco Inter, destacam fatores positivos, mas também apontam preocupações com o consumo acelerado.
Outros economistas projetam crescimento para o trimestre e o acumulado de 2024, porém ressaltam que o ritmo atual não é sustentável a longo prazo, podendo gerar pressões inflacionárias. É previsto um ciclo de ajuste da política monetária para cima, levando em consideração questões macroeconômicas como o mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda.
Em resumo, os números do PIB indicarão uma expansão fiscal relevante do setor público, mesmo com a taxa de juros elevada, refletindo uma economia aquecida. No entanto, esse cenário pode gerar pressões inflacionárias e demandar um ajuste na política monetária.