De acordo com especialistas consultados pela Agência Brasil, a eleição na Venezuela, que está marcada para o próximo domingo, dia 28 de julho, terá grandes repercussões geopolíticas devido à importância do país como produtor de petróleo e às suas relações controversas com potências ocidentais, ao mesmo tempo em que mantém laços estreitos com China, Rússia e Irã.
O professor de relações internacionais do Ibmec, Alexandre Pires, enfatizou que a permanência de Nicolás Maduro no poder manteria as parcerias com China, Rússia e Irã, enquanto uma vitória da oposição poderia restabelecer relações políticas com os Estados Unidos. Além disso, a vitória da oposição poderia atrair investimentos no setor petrolífero, ajudando na recuperação da indústria venezuelana.
Por outro lado, o professor da UFSC, Nildo Ouriques, destacou que o petróleo desempenha um papel crucial nas implicações geopolíticas da eleição na Venezuela, observando que a estabilidade política no país é incerta, independentemente do vencedor, devido às pressões externas.
Quanto às pesquisas eleitorais, há divergências sobre o resultado do pleito, com algumas indicando vantagem para a oposição e outras prevendo a reeleição de Nicolás Maduro. No entanto, é relevante notar que esta será a primeira eleição desde 2015 em que toda a oposição concordou em participar.
Dada a situação de bloqueios econômicos e crise financeira na Venezuela, a eleição presidencial se torna um momento crucial para o futuro do país. A decisão dos eleitores venezuelanos terá impactos significativos não apenas localmente, mas também globalmente, devido à importância geopolítica da nação caribenha.