Equipe do presidente afastado da Coreia do Sul oferece renúncia conjunta
A crise política na Coreia do Sul se aprofundou ainda mais, com a equipe do presidente afastado Yoon Suk Yeol oferecendo renúncia conjunta de seus cargos nesta quarta-feira (1º). Isso ocorreu após Yoon criticar a decisão do presidente interino de apoiar o processo de impeachment contra ele.
Yoon foi afastado do cargo pela Assembleia Nacional do país devido a sua tentativa de autogolpe em dezembro, quando declarou lei marcial e tentou usar as Forças Armadas para fechar o Legislativo.
Os assessores de Yoon, responsáveis por áreas como segurança nacional, relações internacionais e políticas públicas, apresentaram suas renúncias ao presidente interino Choi Sang-mok, que recusou aceitá-las. Choi está concentrado em estabilizar o país e melhorar a situação econômica.
Choi assumiu como presidente interino há menos de uma semana, após a remoção do primeiro-ministro Han Duck-soo pela Assembleia Nacional devido à sua recusa em preencher cadeiras vagas no Tribunal Constitucional, o que prejudicava o processo de impeachment.
A decisão final sobre o impeachment de Yoon cabe à corte, que tem seis meses para ratificar ou suspender o processo. Choi anunciou que irá nomear dois juízes para a corte imediatamente e preencher a terceira vaga assim que houver acordo no Parlamento.
Um porta-voz de Yoon criticou Choi por nomear os juízes sem consultar o partido governista. Yoon tem um mandado de prisão pendente, e os investigadores planejam cumpri-lo na próxima semana.
Yoon enfrenta acusações de insurreição por ter declarado lei marcial, suspendendo os direitos políticos no país. Ele recusou-se a prestar depoimento e responder às intimações da polícia e do Gabinete de Investigação de Corrupção.