87 mil pessoas foram evacuadas de aldeias nas Filipinas após erupção do vulcão Kanlaon
Cerca de 87 mil pessoas foram evacuadas de aldeias na região central das Filipinas na terça-feira (10), um dia depois de uma breve erupção do vulcão Kanlaon, no Monte Kanlaon. A erupção, que durou quatro minutos na segunda-feira, resultou em uma coluna de cinzas de quatro quilômetros de altura. Lava quente, gases e rochas vulcânicas desceram pela encosta sudeste do vulcão, o que gerou preocupações sobre novas erupções, de acordo com autoridades locais.
As cinzas vulcânicas afetaram uma área ampla, incluindo a província de Antique, que fica a mais de 200 quilômetros a oeste do vulcão, prejudicando a visibilidade e representando riscos à saúde. Sete voos foram cancelados devido à erupção.
A evacuação foi concentrada nas áreas mais próximas das encostas oeste e sul do Kanlaon. Em La Castellana, na província de Negros Occidental, cerca de 47 mil pessoas foram retiradas de uma zona de perigo de seis quilômetros ao redor do vulcão. Mais de 6 mil pessoas foram levadas para centros de abrigo, enquanto outras buscaram refúgio temporário em casas de familiares.
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., afirmou que as autoridades estão prontas para prestar assistência aos deslocados. O Instituto de Vulcanologia está monitorando a qualidade do ar devido ao risco de gases tóxicos provenientes do vulcão, o que pode implicar a evacuação de mais áreas.
Com 2.400 metros de altitude, o Monte Kanlaon é um dos 24 vulcões mais ativos das Filipinas. O país está sujeito a intensa atividade sísmica e vulcânica devido à sua localização no “Anel de Fogo” do Pacífico. Além disso, as Filipinas sofrem com cerca de 20 tufões e tempestades por ano, o que as torna uma das nações mais impactadas por desastres naturais.