Dez anos após o anúncio da formação do califado pelo Estado Islâmico, o grupo terrorista encontra-se enfraquecido, mas não completamente erradicado. Sob a liderança de Abu Bakr al-Baghdadi, o grupo se dispersou para outras regiões após ser expulso de suas fortalezas no Iraque e na Síria. Há preocupações crescentes com o fortalecimento do braço do grupo na Ásia Central, conhecido como Estado Islâmico na Província de Khorasan (ISIS-K).
O ISIS-K foi responsável pelos ataques na Rússia em março deste ano, que resultaram em 145 mortes, e também pela tentativa frustrada de um ataque nos Estados Unidos. Durante seu auge, o EI ordenou ataques em importantes cidades europeias, como os trágicos eventos em Paris em 2015, que resultaram na morte de 131 pessoas. A propagação da propaganda do grupo através das redes sociais desempenhou um papel fundamental na radicalização de jovens muçulmanos ao redor do mundo.
Apesar de ter perdido espaço em plataformas como Twitter e YouTube, o conteúdo do EI ainda está presente na “deep web”, o que contribui para a continuação da radicalização. O grupo continua buscando recrutar indivíduos que se sentem excluídos pelo Ocidente e aqueles que acreditam em uma disputa religiosa entre muçulmanos e cristãos. O futuro do Estado Islâmico permanece incerto, e especialistas alertam que a ameaça não deve ser subestimada.