Estudantes da Escola Estadual Mario D’Elia, em Franca, desenvolvem protótipo de teste rápido para identificar bebidas adulteradas
Um grupo de cinco alunos da Escola Estadual Mario D’Elia, em Franca, criou um protótipo de teste rápido para detectar bebidas adulteradas. O projeto, denominado “Acorda, Cinderela”, foi desenvolvido por estudantes da 2ª série do Ensino Médio ao longo de três meses, utilizando alcaloides e outros compostos químicos.
A iniciativa surgiu da estudante Kemily Patrícia Lira, que se inspirou em casos de abuso na região relacionados ao golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”. A ideia de Kemily veio enquanto ela usava um glicosímetro devido à sua hipoglicemia.
Kemily se juntou aos seus colegas Matheus Carboni, Natália Ferreira, Ana Livia Barbosa e Daniel de Andrade para desenvolver o projeto. Eles elaboraram um kit de reação colorimétrica que pode identificar a presença de alcaloides em bebidas e têm planos de aprimorá-lo para detectar outras substâncias adulterantes.
O grupo conduziu testes para avaliar a eficácia do projeto, aplicando alcaloides em diferentes tipos de bebidas. Atualmente, estão finalizando um artigo científico com os resultados e trabalhando para patentear o projeto, com o objetivo de popularizá-lo entre os jovens como uma medida preventiva contra abusos, especialmente em eventos como o carnaval.
Para evitar cair no golpe do “boa noite, Cinderela”, é essencial manter-se atento e, em caso de suspeita de abuso, procurar ajuda médica e registrar um Boletim de Ocorrência para solicitar um exame toxicológico. Para fazer denúncias, é possível contatar o 190 ou 181 para anonimato.
Fonte: Cidade ON