Estudantes universitárias têm posturas distintas em relação às redes sociais, com Milena Dias, de Brasília, optando por não possuir conta em plataformas online, enquanto Maria Eduarda Nestali, estudante de nutrição, valoriza as redes, mas com critério na escolha do conteúdo consumido.
Pesquisas apontam que o uso excessivo da internet pode afetar a saúde mental, podendo contribuir para transtornos como depressão e ansiedade. Um estudo da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, realizado pela professora Irena Penha Duprat, revelou uma correlação entre o uso abusivo da internet e ideação suicida em jovens universitários.
Segundo a professora, a dependência da internet está associada a um aumento nos problemas de saúde mental, com maior incidência de ideação suicida. Muitos recorrem à internet como uma forma de escapar de questões como depressão e ansiedade, o que pode piorar esses quadros.
Por outro lado, a psicóloga Karen Scavacini destaca que a tecnologia pode ter efeitos tanto positivos quanto negativos, dependendo da maneira como é utilizada. Ela enfatiza a importância de buscar informações confiáveis e menciona recursos como terapias virtuais e aplicativos para cuidar da saúde mental.
No meio universitário, projetos como o Cuca Legal, na Universidade Federal Fluminense em Campos dos Goytacazes, têm como objetivo promover a saúde mental dos estudantes, oferecendo espaços para diálogo, aprendizado de habilidades e apoio psicológico.
Com o Setembro Amarelo dedicado à conscientização e prevenção do suicídio, profissionais de saúde intensificam ações nesse sentido, ressaltando a importância de falar abertamente sobre o tema e buscar ajuda em serviços especializados ou no Centro de Valorização da Vida (CVV).