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Estudo sobre o Aquífero Guarani é apresentado pela Saerp ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo


27/03/2025 16:36 – Daerp

Estudo sobre o Aquífero Guarani é apresentado pela Saerp ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo

O resultado do estudo servirá como base para a revisão dos critérios de perfuração de poços em Ribeirão Preto

Foto: Divulgação


 



 


Em um passo significativo para a gestão sustentável dos recursos hídricos de Ribeirão Preto, a Saerp apresentou, nesta quinta-feira, 27 de março, ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo, o estudo “Sistema Aquífero Guarani: Capacidade máxima, resiliência e sustentabilidade para o abastecimento público e privado de Ribeirão Preto”. Participaram da reunião, além da Saerp, representantes da empresa Tritium, responsável pelo estudo, representantes do Comitê, da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, do SP Águas, geólogos e engenheiros envolvidos com as questões hídricas da cidade.


 


Entre os objetivos do estudo estão o de estimar a capacidade máxima de extração do Aquífero em Ribeirão Preto de forma sustentável; analisar as extrações dos poços públicos e suas interferências hidráulicas, identificar a necessidade de realocação de poços e seus custos; avaliar estratégias de recarga gerenciada para o aumento da oferta e perenidade das águas subterrâneas, além de garantir a continuidade do abastecimento e também assegurar que as práticas de exploração sejam realizadas de maneira responsável e consciente.


 


Para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo e para a Câmara Técnica de Águas Subterrâneas, as informações levantadas pelo trabalho, serão essenciais para embasar a revisão dos critérios técnicos que regulamentam a autorização para a perfuração de poços tubulares profundos em Ribeirão Preto, que depende exclusivamente do Aquífero para abastecimento de água. “Essa reunião é muito importante para que o Comitê possa ter acesso aos primeiros resultados que devem nos ajudar a tomar algumas decisões em relação à perfuração de poços na cidade”, falou a vice-presidente do Comitê, Marisa Heredia.


 


O estudo do Aquífero foi apresentado pelo geólogo Mateus Simonato que demonstrou como foi feita a organização de dados geológicos culminando para um novo modelo hidrogeológico detalhado permitindo caracterizar o fluxo de água subterrânea na cidade e como o bombeamento dos poços tubulares influenciam a disponibilidade do aquífero. Além disso, a instalação de 30 transdutores de pressão em poços estratégicos tem possibilitado o monitoramento contínuo dos níveis de água subterrânea, que analisados com ferramentas de inteligência artificial, alimenta um modelo computacional de fluxo, simulando o comportamento do Guarani. “Esse projeto que estamos desenvolvendo é inédito no Brasil e envolve o que há de melhor em práticas de gestão de águas subterrâneas utilizadas em países como Dinamarca e Alemanha”, explicou Mateus.


 


Representando a Câmara Técnica de Águas Subterrâneas, Luciana Martin Rodrigues Ferreira explicou que atualmente faltam informações seguras sobre a situação do Aquífero. “Então nos foi indicado esse projeto, encabeçado pela Saerp, para dar mais subsídios técnicos para a revisão de autorizações para perfuração dos poços na cidade” disse.


 


Aliar a preservação do Aquífero Guarani ao abastecimento da população de Ribeirão Preto é um desafio que a Saerp busca superar. “Nossa principal meta é fazer com que não falte água em todas as casas de Ribeirão Preto, e ao mesmo tempo, temos a mesma preocupação com a exploração do nosso Aquífero, então com base nas informações levantadas no estudo saberemos em qual região podemos perfurar mais poços e quais devemos deixar de explorar, isso nos permitirá diminuir custos e melhorar também o abastecimento”, explicou o secretário da Saerp, Eng. Bonatto.


 


Fonte Prefeitura de Ribeirão Preto

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