Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Exportadores de Carne Suína Podem Lucrar com Concorrência e Tensões Comerciais no Mercado

Exportadores de carne suína das Américas podem se beneficiar de disputas comerciais entre China e União Europeia

Os exportadores de carne suína das Américas, incluindo países como Brasil, Argentina e Estados Unidos, podem ter uma oportunidade de aumentar sua participação no mercado chinês devido às tensões comerciais entre China e União Europeia. Caso Pequim restrinja as importações de carne suína da UE em retaliação às medidas comerciais em curso, analistas e traders acreditam que esses países sul-americanos e os EUA poderão suprir essa demanda.

A Rússia, que recentemente começou a exportar carne suína para a China e fortaleceu seus laços comerciais com o país asiático, também poderia ampliar seus embarques de carne suína. O Ministério do Comércio da China iniciou uma investigação antidumping sobre as importações de carne suína da UE em resposta a medidas adotadas pelo bloco contra veículos elétricos chineses.

Embora os impactos nas exportações da UE possam levar algum tempo para se concretizar, a expectativa é de que países como Brasil, Argentina e EUA estejam prontos para suprir essa lacuna. No entanto, as exportações de carne suína dos EUA enfrentam tarifas retaliatórias de 25% na China, o que pode afetar sua competitividade em relação à carne suína da UE.

A China é o maior produtor e consumidor de carne suína do mundo, importando cerca de 6 bilhões de dólares em 2023. Com as atuais tensões comerciais entre China e UE, países como Brasil e Rússia podem se beneficiar com um aumento nas exportações de carne suína para o mercado chinês. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está monitorando de perto a situação e espera por uma resolução equilibrada para ambas as partes.

A Rússia também tem planos de aumentar sua fatia nas importações de carne suína da China nos próximos anos, com a expectativa de exportar até 100.000 toneladas em 2024. Com a perspectiva de restrições nas importações da UE, os exportadores de carne suína de vários países estão atentos às oportunidades que podem surgir no mercado chinês.

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