As eleições legislativas antecipadas convocadas pelo presidente Emmanuel Macron estão gerando incertezas na França, de acordo com Guilherme Botacini, de Boa Vista, SP. As pesquisas apontam que o partido de ultradireita, Reunião Nacional (RN), pode sair vitorioso, o que poderia resultar em um cenário de coabitação, com forças políticas opostas no Executivo.
No sistema político francês semipresidencialista, o presidente é o chefe de Estado, enquanto o primeiro-ministro lidera o governo. Se a ultradireita vencer, será a primeira vez desde a reforma eleitoral de 2002 que um partido de extrema-direita ocupará o poder legislativo.
A coabitação já ocorreu três vezes na história da França, cada uma com dinâmicas políticas próprias. A incerteza sobre como os diferentes blocos políticos irão se comportar nesse novo cenário tripartite do Legislativo gera dúvidas sobre a governabilidade do país.
A análise destaca que a gestão do legado de Macron pode ser desafiadora, especialmente diante do enfraquecimento do governo e da falta de consenso entre os blocos políticos. O desfecho das eleições legislativas será crucial para o futuro político da França e para a possível coabitação entre forças políticas divergentes.