Em 2024, o Brasil enfrentou um desafio no seu fluxo cambial, registrando um déficit de US$ 15,9 bilhões, o terceiro maior desde 2008. Esse cenário foi impulsionado pela valorização do dólar em 27,3% em relação ao real ao longo do ano, chegando a R$ 6,18. Para conter essa instabilidade, o Banco Central realizou intervenções no mercado de câmbio, injetando US$ 21,5 bilhões em leilões à vista, a maior quantia em um único mês desde a adoção do regime de câmbio flutuante em 1999.
O fluxo financeiro de 2024 apresentou um saldo negativo de US$ 84,39 bilhões, com compras totalizando US$ 589,98 bilhões e vendas alcançando US$ 674,385 bilhões. Além disso, as reservas internacionais do país diminuíram, passando de US$ 363 bilhões para US$ 332,3 bilhões em dezembro, o menor patamar desde fevereiro de 2023.
No primeiro pregão do ano, o dólar iniciou em alta, mas encerrou em queda, sendo cotado a R$ 6,16, o que representou uma diminuição de 0,29% em relação ao fechamento de 2024. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou com uma queda de 0,13%, atingindo 121.125 pontos. A situação fiscal do país e o cenário externo desfavorável ao real foram apontados como fatores de incerteza que influenciaram as operações no dia.
Esses dados foram divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo.