G7 deve anunciar acordo para utilizar ativos congelados da Rússia em auxílio à Ucrânia
O G7 está prestes a se reunir em Bari, na Itália, com a expectativa de anunciar um acordo para o uso de ativos russos congelados em instituições financeiras ocidentais a fim de auxiliar a Ucrânia. Os Estados Unidos divulgaram novas sanções como parte dos esforços para isolar a Rússia do sistema internacional.
Desde o início da invasão liderada por Vladimir Putin em 2022, o debate sobre o uso dos recursos russos tem sido discutido, com Washington defendendo a proposta de confisco desses ativos.
Países europeus, onde grande parte dos quase US$ 300 bilhões está retida, expressaram preocupações sobre possíveis violações da lei internacional caso essa medida seja adotada. O ministro das Finanças da Rússia também reiterou a posição do país em relação ao assunto em uma entrevista à Folha de S.Paulo em fevereiro.
De acordo com o jornal The New York Times, a proposta do G7 envolve um empréstimo de aproximadamente US$ 50 bilhões para auxiliar na reconstrução da infraestrutura da Ucrânia, que tem sido um alvo prioritário de Moscou nos últimos meses.
A cúpula na Itália reunirá os líderes das sete principais economias globais de quinta-feira (13) a sábado (15). As sanções americanas foram anunciadas pela Casa Branca enquanto o presidente Joe Biden se dirigia para a Itália.
As ações têm como objetivo enfraquecer a capacidade da Rússia de conduzir negócios com o restante do mundo e manter sua economia em funcionamento. Isso permitirá que Washington imponha sanções a bancos que realizem transações com instituições financeiras russas já alvo de sanções, além de impor restrições à Bolsa de Valores de Moscou e sancionar cerca de cem entidades, incluindo empresas dos setores de energia e mineração russos.
O fortalecimento da ajuda financeira à Ucrânia é uma prioridade na reunião do G7, enquanto as discussões sobre a paz na Ucrânia prosseguirão em uma conferência na Suíça no sábado e domingo (16), da qual a Rússia não foi convidada, e países como China, Brasil, África do Sul e Turquia não participarão devido à ausência russa.