O presidente recém-empossado do Banco Central, Gabriel Galípolo, publicou uma carta aberta nesta sexta-feira (10) justificando o estouro da meta de inflação em 2024. Ele apontou diversos fatores, como a robustez da economia brasileira, a desvalorização cambial e questões climáticas, em um contexto de expectativas negativas. No ano passado, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, fechou com um aumento acumulado de 4,83%, superando a meta estabelecida pelo CMN. Seu antecessor, Roberto Campos Neto, teve seu mandato encerrado em dezembro após descumprir a meta de inflação em três ocasiões. Com a nova abordagem em vigor a partir deste ano, o Banco Central está comprometido em manter a inflação em 3%, sem considerar o ano-calendário. Caso as projeções se confirmem e a inflação continue acima da meta, Galípolo terá que redigir outra carta explicando as medidas adotadas para assegurar que a inflação retorne aos níveis estipulados. Desde a introdução do sistema de metas de inflação no Brasil, em 1999, foram redigidas oito cartas com essa finalidade.
- Anuncio -