O Ministério de Minas e Energia está considerando a possibilidade de reintroduzir o horário de verão como uma medida preventiva para evitar um eventual racionamento de energia devido à severa seca que afeta o Brasil. Além disso, o governo ampliou as autorizações para a operação de usinas termelétricas a gás como parte das ações para lidar com a situação.
A informação sobre a reintrodução do horário de verão foi divulgada pelo Poder 360 e confirmada pela Folha de S.Paulo. No entanto, ainda não há uma data definida para a implementação dessa medida, e sua necessidade ainda está em análise.
O horário de verão foi abolido em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a intensa seca em 2023, cogitou-se a possibilidade de restabelecer essa medida, mas naquela época o governo de Luiz Inácio Lula da Silva descartou essa opção. Na ocasião, os técnicos do Ministério de Minas e Energia consideraram que, apesar da seca, os níveis dos reservatórios brasileiros estavam razoáveis, tornando o horário de verão desnecessário.
Atualmente, o governo argumenta que a situação dos reservatórios ainda não atingiu um nível crítico como em crises históricas, como a de 2021, devido às medidas adotadas ao longo de 2024, como a gestão da água nos reservatórios. No entanto, o país enfrenta a pior seca de sua história neste ano, com graves impactos na região Norte, incluindo níveis baixos nos rios Madeira e Negro.
Diante desse contexto, o Ministério de Minas e Energia tem dado autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas, como as situadas em Santa Cruz (RJ), Linhares (ES) e Porto Sergipe (SE), como parte dos esforços para garantir o suprimento de energia.
Além disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a região Norte e anunciou planos para estabelecer a autoridade climática e o marco legal da emergência climática, em resposta aos desafios impostos pela seca e pelas mudanças climáticas.