Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que as operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios alcançaram um lucro líquido de R$ 8,7 bilhões no Brasil até o terceiro trimestre de 2024, marcando o melhor desempenho do setor desde o início da pandemia de Covid-19.
Apesar do lucro expressivo, o setor tem sido alvo de críticas devido ao aumento das reclamações dos consumidores. Empresas líderes em lucratividade estão sendo investigadas pelo governo por práticas abusivas e cancelamentos unilaterais de contratos. Entre as companhias com melhor desempenho estão a Sul América, Bradesco Saúde, Notre Dame Intermédica, Amil e Hapvida.
O governo instaurou um processo administrativo contra 14 operadoras de planos de saúde após receber 6.175 reclamações de consumidores sobre cancelamentos unilaterais de contratos. Essas rescisões muitas vezes ocorrem sem justificativa adequada, prejudicando a continuidade de tratamentos essenciais.
A ANS destaca que o bom desempenho das empresas se deve em grande parte à redução do índice de sinistralidade, que atingiu 85,3% no terceiro trimestre, o mais baixo desde 2020. Esse índice reflete a proporção das receitas com mensalidades utilizadas em despesas assistenciais.
As empresas notificadas pela Senacon afirmam que não realizam cancelamentos unilaterais de contratos, exceto nos casos previstos pela legislação. A Abramge e a FenaSaúde também se manifestaram, ressaltando o compromisso em contribuir para o debate e a busca por mais racionalidade nos custos e qualidade nos serviços.
Os resultados do setor de planos de saúde refletem o esforço das empresas em se adaptar às mudanças legislativas e regulatórias recentes, buscando maior equilíbrio no sistema de saúde suplementar. Para mais detalhes, acesse a notícia completa em: [Notícias ao Minuto](https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/2233493/cancelamento-de-planos-de-saude-por-falta-de-pagamento-tem-novas-regras).