Guilherme Boulos, pré-candidato pelo PSOL à Prefeitura de São Paulo, vê vantagens na fragmentação do campo da direita nas últimas semanas. A desintegração desse campo tem sido notada, porém Boulos também se consolidou como alvo a ser derrotado. A entrada de Pablo Marçal (PRTB) na disputa levou Ricardo Nunes (MDB) a aceitar a indicação de Mello Araújo (PL) para vice, cedendo à pressão de Jair Bolsonaro (PL).
Boulos tem destacado a ligação do atual prefeito com o ex-presidente, estratégia reforçada pela escolha do vice de Nunes. A pré-candidatura de José Luiz Datena (PSDB) também foi lançada, prometendo ir até o fim desta vez. Apoiado por Lula (PT), Boulos pode se beneficiar da dispersão no campo de candidatos à direita, enfraquecendo a candidatura de Nunes.
Com 24% das intenções de voto, Boulos tem sido alvo de ataques do campo adversário, especialmente de Marçal, que afirmou ter entrado na disputa para remover Boulos do caminho. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, fez declarações agressivas contra Boulos, o chamando de inimigo a ser combatido em São Paulo.
Boulos conta com o apoio de Lula e espera impulsionar sua candidatura durante o período oficial de campanha, que inicia em agosto. A entrada de novas candidaturas à direita tem gerado debates sobre quem é mais associado à extrema direita e ao bolsonarismo. Boulos tem Marta Suplicy (PT) como vice e espera que as mudanças no cenário político favoreçam sua campanha.