Ex-jogadora de basquete cobra atuação do Ministério do Esporte em meio à polêmica eleitoral no COB
A ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, que representa os atletas no Ministério do Esporte, está pressionando o ministro André Fufuca por um posicionamento em relação à disputa pela presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB). A candidatura à reeleição do atual presidente, Paulo Wanderley, está sendo contestada por atletas e membros da oposição, levantando questões legais e éticas.
Associações de atletas olímpicos, incluindo a Cacob (Comissão de Atletas do COB) da qual Hortência faz parte, são contrárias à candidatura de Wanderley, alegando que um terceiro mandato viola o estatuto do COB, bem como as Leis Pelé e Geral dos Esportes. Eles alertam que a persistência da candidatura pode acarretar na suspensão do repasse de recursos federais ao COB e às confederações esportivas.
Por outro lado, Wanderley se respalda em um parecer jurídico favorável à sua candidatura, encomendado pelo próprio COB, que argumenta que seu primeiro mandato foi um período tampão após a renúncia do presidente antecessor. O conselho de ética do COB também se posicionou a favor da reeleição.
Hortência destaca a importância de uma posição clara do Ministério do Esporte nesse contexto, ressaltando que a falta de definição pode afetar negativamente o financiamento do COB, incluindo patrocínios relevantes, como o recente acordo de R$ 160 milhões com a Caixa Econômica Federal. A ex-jogadora espera que os atletas se unam para apoiar a candidatura da oposição, representada por Marco La Porta e Yane Marques, nas eleições marcadas para 3 de outubro.
Além disso, Hortência chama atenção para a falta de profissionalização no basquete brasileiro como um obstáculo para o sucesso da modalidade em competições internacionais. Ela expressa preocupação com a situação do esporte no país e aguarda uma definição clara do Ministério do Esporte antes das eleições no COB.