O Ibovespa registrou sua quarta alta consecutiva nesta sexta-feira, fechando em níveis acima de 130 mil pontos, o maior patamar desde o final de fevereiro. A valorização foi impulsionada pela divulgação de balanços corporativos positivos, com empresas como Vivara e Lojas Renner apresentando resultados trimestrais acima das expectativas dos analistas.
Por outro lado, a Petrobras encerrou o dia em baixa, um dia após divulgar seu primeiro prejuízo trimestral em quase quatro anos, além de cortar sua previsão de investimentos e anunciar uma remuneração de acionistas no valor de 13,57 bilhões de reais, utilizando parte das reservas de capital para esse pagamento.
O índice Ibovespa fechou o dia com alta de 1,52%, atingindo 130.614,59 pontos, o maior patamar desde fevereiro. O volume financeiro negociado durante o pregão foi de 26,6 bilhões de reais. Além do desempenho positivo das ações brasileiras, o cenário externo favorável, com Wall Street em alta, queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e avanço do petróleo, também contribuíram. A queda do dólar em relação ao real e o alívio na curva de juros no Brasil também influenciaram o mercado.
Os destaques do dia foram as ações da Petrobras, que tiveram queda de 0,92%, Vivara, com valorização de 7,38%, Lojas Renner, que subiu 6,55%, B3, com alta de 5,9%, e Cyrela, que avançou 5,42%. Por outro lado, empresas como Alpargatas, Yduqs e Assaí tiveram desempenho negativo.
No cenário doméstico, o IPCA acelerou mais do que o esperado, o que coloca a taxa em 12 meses próximo ao limite da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. Isso reforça a expectativa de manutenção da taxa Selic em patamares restritivos, com possibilidade de aumento. A incerteza em relação à política fiscal também foi citada como um fator de atenção pelos analistas.