Na quarta-feira, a Índia anunciou a autorização de importações limitadas de milho, óleo de girassol bruto, óleo de colza refinado e leite em pó sob a cota tarifária como medida para conter a inflação dos alimentos. A decisão foi tomada devido à pressão inflacionária causada por condições climáticas desfavoráveis que impactaram as colheitas. O governo indiano permitiu a importação de 150.000 toneladas métricas de óleo de girassol ou óleo de cártamo, 500.000 toneladas de milho, 10.000 toneladas de leite em pó e 150.000 toneladas de óleo de colza refinado, destinadas a cooperativas e empresas estatais selecionadas.
No entanto, especialistas do setor expressaram preocupações em relação a essa decisão, argumentando que as importações isentas de impostos poderiam aumentar a pressão sobre os preços das sementes oleaginosas, que já sofrem com a competição de importações mais baratas sujeitas a impostos. A Índia é o maior importador mundial de óleos vegetais, como óleo de palma, óleo de soja e óleo de girassol, e também é o maior produtor de leite, atendendo a maior parte de suas necessidades por meio de importações.
Além disso, os preços do milho estavam em alta devido à demanda do setor avícola e de etanol, enquanto os laticínios aumentaram os preços do leite e dos produtos lácteos devido à forte demanda e oferta limitada. Por fim, a Índia, que não permite o cultivo de alimentos geneticamente modificados, mantém regras rigorosas para garantir que as importações não contenham organismos geneticamente modificados.