De acordo com informações divulgadas pelo IBGE, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, teve uma aceleração para 0,56% em outubro, em comparação com a variação de 0,44% registrada em setembro. Esse valor superou as projeções do mercado financeiro, que previam um avanço de 0,54% para o índice no mês de outubro. Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 4,76%, ultrapassando a meta estabelecida pelo Banco Central, que é de até 4,5%.
O aumento na tarifa de energia elétrica residencial foi um dos principais fatores que contribuíram para esse crescimento, com um acréscimo de 4,74% devido à bandeira vermelha patamar 2 acionada pela Aneel, resultando em um acréscimo de 0,2 ponto percentual no IPCA. Além disso, os preços das carnes, incluindo cortes como acém, costela, contrafilé e alcatra, também apresentaram variações expressivas.
Por outro lado, o grupo de transportes registrou uma queda de 0,38%, influenciado principalmente pela redução de 11,50% nos preços das passagens aéreas. Os combustíveis também tiveram uma diminuição de 0,17%.
Diante desse cenário, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por aumentar a taxa básica de juros, elevando a taxa Selic de 10,75% para 11,25% ao ano, com o objetivo de conter a inflação e garantir a estabilidade econômica. Analistas acreditam que o Banco Central continuará elevando os juros nos próximos meses para controlar a inflação, que está sendo impulsionada pelo mercado de trabalho aquecido.
A inflação no setor de serviços permanece como um ponto de atenção, e a previsão é que o Copom mantenha o ritmo de aumento dos juros na próxima reunião, que está agendada para o mês de dezembro.