De acordo com informações divulgadas pelo IBGE, a inflação medida pelo IPCA-15 apresentou uma desaceleração em junho, registrando 0,39%, após marcar 0,44% em maio. Apesar do aumento nos preços dos alimentos, houve um alívio devido à redução nos preços das passagens aéreas e dos combustíveis. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 apresentou uma inflação de 4,06%, com destaque para o grupo de alimentos e bebidas, que teve a maior variação e impacto no índice.
O aumento nos preços dos alimentos consumidos em casa foi impulsionado por produtos como batata inglesa, leite longa vida, arroz e tomate, enquanto itens como feijão, cebola e frutas apresentaram queda de preços. A inflação dos alimentos fora de casa também teve aumento, refletindo a alta nos custos do lanche e da refeição.
Os problemas climáticos, como as chuvas no Rio Grande do Sul, impactaram a produção de alimentos e contribuíram para os aumentos de preços. Contudo, houve uma redução nos preços dos transportes, especialmente de passagens aéreas e combustíveis.
Os analistas do mercado financeiro projetam que a inflação encerrará o ano de 2024 em torno de 3,98%. Diante do aumento das expectativas de inflação, o Copom optou por manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano. O objetivo do Banco Central é manter a inflação dentro do intervalo de 1,5% a 4,5% no acumulado de 12 meses até dezembro.
A previsão é de que a inflação continue em ascensão, aproximando-se do limite superior da meta estabelecida pelo BC, o que pode gerar impactos negativos na economia.