Sábado, Janeiro 11, 2025
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Inflação fecha 2024 em 4,83% e supera meta estabelecida, trazendo desafios para economia

De acordo com informações divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10), a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), encerrou o acumulado de 2024 em 4,83%, superando a meta estabelecida de 4,5%. O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, terá que redigir uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do não cumprimento da meta de inflação.

Comparado com 2023, que registrou uma variação de 4,62%, a inflação em 2024 apresentou um leve aumento. A taxa de 4,83% ficou próxima da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 4,84%. Em dezembro de 2024, a inflação mensal acelerou para 0,52%, conforme apontado pelo IBGE.

O aumento da inflação no ano passado foi influenciado principalmente pela alta nos preços dos alimentos, que foram impactados por problemas climáticos afetando a oferta, além da valorização do dólar. Para 2025, as previsões sugerem que a inflação dos alimentos possa diminuir com a ampliação prevista da safra agrícola, embora o país ainda enfrente desafios no controle de diferentes preços.

Além disso, houve uma mudança na meta de inflação, com o Banco Central adotando o objetivo de forma contínua, abandonando o modelo de ano-calendário a partir de 2024. Com as expectativas de inflação em alta, a instituição elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 12,25% ao ano, buscando conter a pressão sobre os preços.

Os analistas projetam uma taxa Selic de 15% no final de 2025, o que pode ter um impacto negativo na atividade econômica, dificultando o consumo e os investimentos produtivos.

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