Desde a adoção do regime de metas de inflação em 1999, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil ultrapassou o limite máximo da meta em oito ocasiões. No ano passado, o IPCA encerrou em 4,83%, acima da meta de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) define a meta, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) é encarregado de persegui-la.
A elevação da inflação em 2024 é atribuída a fatores como eventos climáticos, desvalorização do real frente ao dólar e aumento no preço das carnes. Atualmente, a taxa básica de juros, Selic, está em 12,25% ao ano, com projeções de novos aumentos nas próximas reuniões para conter a pressão inflacionária.
Em anos anteriores, a inflação ficou fora do intervalo de tolerância. Em 2017, ficou abaixo do limite mínimo, enquanto em 2002 atingiu o maior patamar desde a implementação do regime, alcançando 12,53%. O Banco Central ressalta a importância da meta de inflação para assegurar a estabilidade de preços e a transparência da política monetária.
Uma mudança para a meta contínua foi estabelecida a partir de 2025, na qual a meta é calculada com base nos últimos doze meses. O acumulado do IPCA em 2024 foi de 4,83%, depois de atingir um pico de 4,87% em novembro. Em abril de 2025, será considerado o período de maio de 2024 a abril de 2025 para verificar se a inflação está dentro do limite estabelecido.
O Banco Central enfatiza que a manutenção da meta de inflação é fundamental para evitar cenários de inflação muito baixa ou deflação, que podem ser prejudiciais para a economia.