O vazio sanitário para a cultura do algodoeiro foi iniciado nesta terça-feira (10/09) em 54 municípios da Região 3 do Estado de Goiás. Esse período, que vai até 19 de novembro, impede a presença de plantas cultivadas de algodão e aquelas com risco fitossanitário para o bicudo-do-algodoeiro. A medida tem como objetivo diminuir a população dessa praga no campo, sendo uma ação preventiva alinhada ao Programa Nacional de Prevenção e Controle do Bicudo-do-Algodoeiro.
Além da Região 3, outras duas regiões também terão o vazio sanitário estabelecido em setembro. Na Região 1, composta por 73 municípios, o período será de 15 de setembro a 25 de novembro. Já na Região 2, com 30 municípios, o vazio sanitário ocorrerá de 20 de setembro a 30 de novembro.
Durante o vazio sanitário, é necessário destruir os restos culturais em até 15 dias após a colheita da área produtora de algodão. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária realizará fiscalizações para garantir que essa medida seja cumprida, visando evitar a disseminação da praga. Haverá exceções para semeadura e manutenção de plantas vivas em casos específicos, como pesquisa científica, produção de sementes genéticas e Projetos Públicos de Irrigação.
O bicudo-do-algodoeiro é considerado a praga mais séria da cotonicultura brasileira devido aos danos que causa e à dificuldade de controle. Sua presença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1983 e agora está em quase todos os estados produtores de algodão. Em Goiás, a praga foi detectada na safra 1997/98 e desde então se espalhou pela maioria dos municípios do estado.