Especialistas mantêm previsões para a economia brasileira apesar de corte nos juros dos EUA
Apesar da confirmação de um corte nos juros dos Estados Unidos em setembro, os economistas no Brasil mantêm suas previsões praticamente inalteradas até o momento. A maioria do mercado ainda espera a manutenção da taxa Selic em 10,50%, enquanto alguns analistas projetam uma taxa de juros básica acima de 11% até o final do ano. Isso ocorre porque o ciclo de redução dos juros nos EUA já estava precificado nas projeções.
No entanto, a possível desvalorização maior do dólar em relação ao real e uma queda significativa na curva de juros podem auxiliar na redução das expectativas de inflação, o que poderia facilitar o controle do IPCA pelo Banco Central. Com a inflação atingindo o teto limite nos últimos 12 meses, alcançando uma alta acumulada de 4,50%, algumas instituições financeiras apostam em um aumento na taxa básica de juros brasileira a partir de setembro.
Instituições como o BTG e as XP preveem um cenário de elevação na Selic, devido à resistência da atividade econômica brasileira e às pressões inflacionárias. Por outro lado, o Itaú Unibanco e a BRCG Consultoria mantêm suas projeções de manutenção da Selic em 10,5% até o final do ano, com variações no PIB.
Além disso, o cenário externo, com a possibilidade de uma recessão nos EUA, também é um fator de preocupação para os economistas, que analisam os impactos dessas variáveis na economia brasileira. Embora a redução dos juros nos Estados Unidos possa influenciar a manutenção dos juros no Brasil, os analistas destacam que essa não é a única variável em jogo.