Domingo, Novembro 24, 2024
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Investimento em Educação no Brasil sofre redução expressiva entre 2015 e 2021, aponta estudo

O relatório internacional Education at a Glance (EaG) 2024, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira (10), revelou que o investimento público em educação no Brasil teve uma redução média anual de 2,5% entre os anos de 2015 e 2021. Em contrapartida, os países membros da OCDE aumentaram seus investimentos em educação em média 2,1% ao ano durante o mesmo período.

De acordo com o relatório, em termos absolutos, o Brasil investe menos em educação do que a média dos países da OCDE. O investimento anual por aluno no ensino fundamental nas escolas brasileiras é de US$ 3.668 (cerca de R$ 20,5 mil), enquanto nos países da OCDE é de US$ 11.914 (R$ 66,5 mil). Nos níveis de ensino médio e superior, os valores também são inferiores no Brasil em comparação com a média dos países da OCDE.

Além disso, a parcela dos gastos públicos destinados à educação em relação aos gastos totais do governo no Brasil diminuiu de 11,2% em 2015 para 10,6% em 2021, embora ainda seja superior à média dos países da OCDE.

Em relação aos salários dos professores, o Brasil se destaca por pagar menos e exigir mais horas de trabalho em comparação com a média da OCDE. Os salários médios anuais dos professores no Brasil são 47% inferiores à média da OCDE, e os professores brasileiros trabalham mais horas por ano do que a média dos países da organização.

A relação de alunos por professor no Brasil também é mais alta do que nos países da OCDE, o que pode afetar a qualidade do ensino e a capacidade dos professores de atender às necessidades individuais dos alunos.

O relatório Education at a Glance fornece indicadores para a comparação dos sistemas educacionais de diferentes países e regiões participantes. O Brasil participa desse relatório desde a primeira edição em 1997, e a OCDE é uma organização econômica com 38 países-membros, fundada em 1961 para promover o progresso econômico. O Brasil era um parceiro da organização até 2022, quando passou a integrar a lista de candidatos a se tornar membro efetivo da OCDE. Para mais detalhes, acesse a notícia original da Agência Brasil.

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