O diretor do jornal El Nacional, Miguel Henrique Otero, fez uma denúncia grave a respeito da censura imposta pelo regime venezuelano à publicação, afirmando que não há liberdade de imprensa no país. Segundo Otero, o jornal, que não se submete ao chavismo, está impedido de realizar transações junto ao Registro Público venezuelano. Essa ação inviabiliza diversas atividades da empresa, como abrir contas bancárias, transferir bens, assinar contratos e identificar movimentações de bens e pessoal.
O diretor destacou que essa situação é arbitrária e faz parte da estratégia de controle comunicacional implantada no país, assemelhando-se ao modelo cubano de censura da imprensa. Otero ressaltou que o El Nacional está bloqueado na internet e teve suas instalações confiscadas, tornando seu funcionamento na Venezuela impraticável.
Fundado em 1943, o El Nacional suspendeu sua edição impressa em 2018 devido à escassez de papel no país em meio a uma grave crise econômica. Em abril de 2021, o Tribunal Supremo de Justiça, alinhado a Maduro, impôs ao jornal uma multa milionária por danos morais devido a uma reportagem que reproduziu sobre um político venezuelano.
Embora o regime venezuelano costume negar perseguições contra jornalistas e veículos de comunicação, a situação relatada por Otero evidencia as dificuldades enfrentadas pela imprensa independente no país.
Fonte: Notícias ao Minuto