No primeiro dia de julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a mãe de Marielle, Marinete Silva, emocionou-se ao relembrar o crime. Ela relembrou o momento em que disseram: “Foi pouco. Podia ter sido queimada”. Marinete foi uma das sete testemunhas de acusação ouvidas no julgamento.
A comoção também foi evidente com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, que acompanhou a família no tribunal. Durante o depoimento, Marinete chorou ao ouvir áudios enviados por Marielle antes do crime e pediu por justiça, destacando a crueldade do ocorrido.
A assessora parlamentar Fernanda Chaves, única sobrevivente do ataque, compartilhou os detalhes do dia do crime, enquanto a viúva de Marielle, Mônica Benício, ressaltou a brutalidade da execução. A advogada Agatha Arnaus, viúva de Anderson, revelou a dificuldade de lidar com a perda.
No podcast O Assunto, Anielle Franco relatou uma resposta surpreendente que recebeu de um policial militar ao chegar ao local do crime, indicando que Marielle poderia ter sido alvo devido às suas críticas nas redes sociais. Os possíveis mandantes do crime, incluindo Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos, aguardam julgamento pelo Supremo Tribunal Federal devido ao foro privilegiado.
A investigação apontou que o assassinato de Marielle Franco teria sido motivado por interesses do crime organizado na zona oeste do Rio de Janeiro, devido à atuação política da vereadora que confrontava esses grupos.