O Tribunal de Justiça de São Paulo deu um prazo de 48 horas para a Prefeitura de São Paulo explicar o aumento de 13,6% na tarifa dos ônibus municipais da capital paulista, que passará de R$ 4,40 para R$ 5 a partir do próximo dia 6 de janeiro. A decisão foi resultado de uma ação popular movida por parlamentares do PSOL, questionando a forma como o aumento foi decidido pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito.
O juiz Bruno Luiz Cassiolato solicitou que a prefeitura justifique a realização da reunião do CMTT, levantando a possibilidade de que a falta de convocação adequada possa ter prejudicado a participação popular no processo. O anúncio do reajuste foi feito logo após a reunião, porém a proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara Municipal.
O prefeito Ricardo Nunes defendeu o reajuste, alegando questões econômicas como a alta do dólar e a inflação acima da meta. Ele afirmou que o aumento era necessário para corrigir a defasagem da tarifa, que não era reajustada desde janeiro de 2020. Os parlamentares do PSOL consideraram a decisão judicial como uma vitória parcial, destacando a importância da transparência e participação popular nos processos decisórios.
Membros do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito também se posicionaram contra o aumento da tarifa, argumentando que a proposta da SPTrans não apresenta melhorias significativas no serviço para a população. Além disso, logo após o anúncio do aumento dos ônibus municipais, as tarifas do metrô e dos trens metropolitanos também foram reajustadas.