O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou a abertura de uma investigação criminal para apurar uma vaquinha online falsa em nome do pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). A decisão foi tomada devido ao recebimento de valores de forma indevida. O inquérito será conduzido pela Polícia Federal por se tratar de um crime eleitoral.
De acordo com a ordem judicial, a Polícia Federal deverá fornecer os dados dos responsáveis pela propaganda, a titularidade da conta bancária que recebeu os valores e interrogar os representantes da empresa e do pré-candidato sobre o ocorrido.
A vaquinha online falsa foi removida do ar imediatamente por determinação do juiz em 26 de junho. O perfil falso mostrava uma imagem de Boulos ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro Fernando Haddad, com uma meta de arrecadação de R$ 50 mil, mas registrou apenas uma doação no valor de R$ 5.
A ação foi iniciada pelo deputado federal do PSOL, Guilherme Castro Boulos, que alegou que seus dados foram usados de maneira fraudulenta para obter benefícios financeiros. Enquanto a Polícia Federal tenta identificar o responsável pela campanha falsa, o processo na Justiça Eleitoral de São Paulo permanecerá suspenso.
No site oficial da ‘Vakinha’, são fornecidas orientações para evitar golpes e informações para as pessoas que fizeram doações em campanhas fraudulentas. O site destaca que todas as doações passam por um período de “quarentena” de 14 dias antes de serem disponibilizadas para saque, possibilitando que as vítimas solicitem o estorno do valor durante esse prazo.