A Justiça dos Estados Unidos proibiu temporariamente a divulgação de um relatório sobre supostos crimes envolvendo o ex-presidente Donald Trump. A juíza Aileen Cannon impediu que o Departamento de Justiça tornasse público o documento, que contém informações delicadas sobre a conduta de Trump, como a suspeita de guardar documentos sigilosos em sua propriedade na Flórida e de tentar interferir nas eleições de 2020.
Essa decisão foi tomada após recursos apresentados por ex-co-réus de Trump, Walt Nauta e Carlos De Oliveira, que alegaram que a divulgação do relatório poderia prejudicar seus próprios casos em andamento. A juíza concordou com o argumento dos ex-co-réus e determinou que a publicação do relatório fosse bloqueada temporariamente.
Donald Trump celebrou essa decisão, destacando que o caso é falso e parte de uma perseguição política contra ele. Após sua derrota nas eleições, Trump tem obtido vitórias nos tribunais, incluindo o pedido de arquivamento do processo contra ele feito pelo procurador especial Jack Smith, que alegou que o Departamento de Justiça não processa presidentes em exercício.
No entanto, a equipe de Trump não conseguiu adiar a sentença em um caso criminal relacionado a pagamentos feitos à atriz pornô Stormy Daniels. O juiz Juan Merchan deve anunciar a sentença em 10 de janeiro, indicando que o ex-presidente não será condenado à prisão. A decisão judicial de impedir a divulgação do relatório permanecerá vigente até que um tribunal de apelações decida sobre o pedido dos ex-co-réus de Trump.