A juíza Maria de Fátima Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa, decidiu pela liberação da primeira-dama Maria Lauremília Lucena e de sua assessora Tereza Cristina, que estavam sendo investigadas por suposta participação em um esquema de coação de eleitores em troca de apoio político. A decisão da magistrada incluiu medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de frequentar repartições da Prefeitura de João Pessoa e de circular por determinados bairros da capital paraibana, além de restrição de saída da cidade sem autorização judicial e recolhimento noturno.
A juíza considerou que os motivos que levaram à prisão das investigadas não estavam mais presentes devido a restrições da Lei das Eleições. Maria Lauremília é suspeita de nomear pessoas indicadas pela facção Nova Okaida em troca de apoio político, o que é vedado nos três meses que antecedem as eleições. A magistrada enfatizou que as investigadas são primárias, possuem residência fixa e ocupação lícita, além de colaborarem com a Justiça.
A Operação Território Livre, que investiga o aliciamento violento de eleitores e a influência de organizações criminosas nas eleições municipais, tinha Maria Lauremília e Tereza como principais alvos. A juíza mencionou um caso anterior em que a prisão preventiva foi revogada após a renúncia da candidata beneficiada.
A Polícia Federal usou mensagens envolvendo a primeira-dama de João Pessoa em diálogos sobre coação eleitoral para solicitar sua prisão preventiva. A investigação também resultou na prisão da vereadora Raíssa Lacerda e de outras pessoas, com o intuito de combater práticas como o “voto de cabresto”.