O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu invalidar o júri popular que absolveu o policial militar Tiago Morais Lopes, acusado da morte do cabeleireiro Matheus Gustavo Silva, de 25 anos, em julho de 2020, em Franca. A anulação se deu devido à constatação de que o policial não agiu em legítima defesa, indo de encontro à decisão dos jurados da primeira instância.
O relator do caso, Cezar Roberto Bitencourt, destacou que os disparos efetuados pelo policial aconteceram após o fim da briga, o que desconsidera a legítima defesa alegada pela defesa do réu. Com a anulação do julgamento, um novo julgamento está previsto, e Tiago aguardará em liberdade durante esse processo.
A mãe de Matheus, Simone Silva, expressou sua dor e desapontamento com a decisão anterior, porém mantém a esperança de que um novo julgamento possa trazer justiça para o caso. Ela falou sobre a perda irreparável do filho, ressaltando que ele era o único filho e o principal apoio da família, e enfatizou a importância da responsabilização do policial pelo crime cometido.
O desfecho do caso aguarda o novo julgamento, que buscará esclarecer os detalhes da morte do cabeleireiro e oferecer um desfecho mais justo para a família enlutada.