O governo federal concedeu aproximadamente R$ 646 bilhões em renúncias fiscais e benefícios financeiros em 2023, de acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Esse valor foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que demonstrou preocupação com o aumento dos subsídios no país. Durante a reunião, também foi discutida a proposta do Orçamento Geral da União para 2025, que incluirá um plano de corte de gastos.
O encontro abordou a votação das contas do governo federal em 2023 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que as aprovou, porém com ressalvas em relação às desonerações tributárias que resultaram em uma perda de arrecadação de R$ 68 bilhões. O presidente Lula solicitou à equipe econômica alternativas para reduzir os incentivos fiscais e os subsídios, que atualmente representam cerca de 6% do PIB do Brasil.
Outro ponto discutido foi a revisão de cadastros de programas federais, que está abrindo espaço no Orçamento de 2025. O ministro Haddad também destacou a redução da carga tributária no ano anterior, que surpreendeu o presidente Lula. A carga tributária caiu de 33,07% para 32,44% do PIB em 2023, principalmente devido à isenção de tributos sobre combustíveis e à restrição de abatimentos fiscais a investimentos de empresas.