Presidente Lula chega à metade de seu terceiro mandato com desafios na definição de uma marca governamental
O presidente Lula está na metade de seu terceiro mandato enfrentando críticas pela ausência de uma marca distintiva de governo. Ao contrário de seus mandatos anteriores, que foram caracterizados por programas como o Bolsa Família, o PAC e o Prouni, atualmente não há uma política pública que se destaque como a principal bandeira do governo. Internamente, há questionamentos sobre a eficácia da comunicação e da estrutura do governo, que conta com 38 ministérios, dificultando a definição de prioridades e ocasionando escassez de recursos para todas as propostas.
Iniciativas anunciadas, como o programa Voa Brasil e a promessa de aumentar a isenção do Imposto de Renda, não alcançaram os resultados esperados e foram alvo de críticas, sendo posteriormente deixadas de lado. O governo também enfrentou dificuldades na implementação de propostas, como o leilão de arroz e a regulamentação dos motoristas de aplicativo.
Apesar desses desafios, há expectativas de uma reviravolta nos dois últimos anos de governo, com o presidente Lula afirmando que o próximo ano será de “colheita”. Pesquisas de opinião apontam uma estabilidade na aprovação do governo, porém com uma tendência negativa. No início da gestão de Lula 3, houve um foco na reconstrução de políticas públicas, com relançamento de programas antigos e lançamento de novas iniciativas, como o Novo PAC.
Apesar das críticas sobre a falta de uma marca clara do governo, há apostas em iniciativas como o programa Pé-de-Meia, que busca incentivar a permanência de estudantes no ensino médio, como potenciais diferenciais. Apesar dos desafios enfrentados até o momento, o governo espera uma mudança positiva nos próximos anos.