Em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de um imposto mínimo para milionários como forma de financiar a ampliação da isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até R$ 5.000. Lula argumentou que é uma questão de justiça, destacando a disparidade entre os que ganham menos e os que recebem altos dividendos sem pagar impostos. Ele também ressaltou a diferença entre salário e renda, afirmando que a renda real deveria ser taxada, especialmente aquela proveniente de especulação financeira.
Segundo informações do Ministério da Fazenda, está sendo estudada a implementação de um imposto mínimo para pessoas físicas milionárias, com uma alíquota entre 12% ou 15% da renda total. A proposta visa garantir uma tributação efetiva da renda dos mais ricos no Brasil para viabilizar o aumento da faixa de isenção do IRPF para R$ 5.000, promessa de campanha do presidente.
A cobrança desse imposto mínimo seria feita comparando o valor calculado sobre a renda total do contribuinte com o valor efetivamente pago no sistema atual. Caso haja diferença, o contribuinte deverá complementar o pagamento no ajuste do IRPF. A proposta busca tributar rendas isentas de quem possui grande patrimônio, como lucros e dividendos distribuídos para acionistas, que atualmente não são taxados.
Essa medida é vista como uma forma alternativa de garantir uma justa tributação dos mais ricos no país, buscando equilibrar a carga tributária e promover uma distribuição mais equitativa dos recursos.